segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A MAIOR TORCIDA DO MUNDO FAZ A DIFERENÇA!

Não há palavras que possam descrever a sensação, o sentimento e a felicidade que é fazer parte da Nação Rubro-Negra! O Maracanã foi o palco perfeito para o show da torcida, dos jogadores e de toda a comissão técnica do Flamengo. Em completa harmonia, o HEXA foi conquistado com muito suor, garra, confiança, união e paixão.

Dizer tudo isso após uma conquista parece oba-oba, euforia. Mas só a torcida sabe o que é conseguir um ingresso, a saga para prestigiar o nosso time do coração, torcer e apoiar onde quer que o time esteja. Sim, “onde estiver, estarei... oh, meu Mengo!”

Nunca havia sentido nada parecido. Sufoco para conseguir os tão sonhados ingressos, a euforia de passar pelo portão do Maracanã, o esforço de se apertar no meu daquela torcida única, incomparável.

Embarquei de São Paulo para o Rio de Janeiro apreensiva e ao mesmo tempo muito confiante. Eu e muitos outros rubro-negros partimos para a cidade maravilhosa, a casa do Flamengo.

Para entrar totalmente no clima, fui à Gávea e fiz tudo que tinha direito. Um clima familiar, alegre e cheio de expectativas. Uma grande parte era a torcida de outras cidades, outros estados. Mas todos com o sorriso estampado e, nessa hora, todo mundo vira amigo de todo mundo!

A Charanga animava o Popeye e toda a galera que estava no Boca Maldita. Uma passada na Capela de São Judas e a água benta vieram para abençoar e agradecer por tudo aquilo que estava ao meu redor. Muitas, mas muitas pessoas estavam na sede do Flamengo, visitando e aquecendo os ânimos para o grande jogo.

Taxi pra que? A galera reunia todo mundo que estava indo ao Maracanã e caminhava rumo ao metrô do Rio de Janeiro. Enquanto a fila para comprar os bilhetes era gigantesca, nada de mau humor. O negócio era afinar os cantos e todo mundo se juntava ao coro da Nação. O metrô estava vermelho e preto, o Rio de Janeiro estava rubro-negro.

As ruas próximas ao Maracanã pareciam um verdadeiro formigueiro rubro-negro! Não tinha como não haver alguma confusão. Era muita, mas muita gente. A polícia interveio com gás de pimenta, que por sinal nunca mais quero ter o “gostinho” de sentir. Horrível!

Confusões resolvidas, todos queriam festa. Gente de todos os cantos do país, de todos os tipos, de todas as etnias estavam lá. Mas a tensão estava estampada na caras de muitos. A confiança era grande, mas ver o título escapar também passava na cabeça de cada um. Mas o que realmente prevalecia era alegria.

Entrei no maracanã e poucos segundos depois os portões foram fechados. Ninguém mais entrava. Tudo estava lotado, tomado pela apaixonada e maravilhosa torcida. E eu, não acreditava ainda que estava fazendo parte daquele momento, do dia do HEXA!

O jogo começa e o Grêmio é quem abre o placar. A tensão e a expressão fechada tomam conta da torcida por alguns minutos. Até que David marcou o gol do empate! Que alívio! Quanta vibração, quanta felicidade! Mas o Inter vencia e deixava o Flamengo em segundo. O intervalo era tenso e cheio de palpites.

Foi o segundo tempo mais rápido e mais devagar que eu já vivi. Enquanto permanecia o empate, o tempo corria e a ansiedade aumentava. Foi então que, pouco antes de ser anunciada sua substituição, Petkovic cobra o escanteio e Ronaldo Angelin marca o gol que viria a ser o gol do título. Merecidamente, Angelin marcou um gol tão importante quanto ele é no time do Flamengo.

A torcida queria o gol do Imperador, que seria o artilheiro do campeonato. Mas nem tudo podia ser só do Flamengo. Adriano não marcou seu gol e terminou com 19 gols no campeonato, assim como Diego Tardelli do Atlético-MG.

Como só dependia de si próprio, o Flamengo deixou os rivais para trás, mesmo com as vitórias de Inter, São Paulo e Cruzeiro. E o Palmeiras... perdeu para o feliz Botafogo, que permaneceu na série A.

O Grêmio dificultou a vida dos rubro-negros. Diferente do que se falava, foi para cima e só se “acalmou” no segundo tempo. E o juiz... ah, esquece! O importante é que eu saí de São Paulo penta e voltei HEXA!

Só quem estava lá pôde ver e sentir o quanto “A MAIOR TORCIDA DO MUNDO FAZ A DIFERENÇA!”

“Mengo! Estou sempre ao seu lado. Somos uma Nação.

Não importa onde esteja, sempre estarei contigo.

Com meu Manto Sagrado e a bandeira na mão.

O Maraca é nosso! Vai começar a festa!”

Por Michele Furukawa – orgulhosa de fazer parte dos 84.848 presentes no Maracanã e vibrando pelo merecido HEXA!

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